Há algum tempo que não colocava aqui alguma opinião (para os cromos postava), mas hoje, e depois de umas fotos, não resisti. O assunto na ordem do dia é salalé, uma iguaria à altura de umas pichas em lisboa ou de uns percebes com um jola. Faz-me lembrar os meus tempos de miudo quando no verão apanhávamos amoras para um copo. O petisco, que em conjunto com outros simbolos nacionais como o jindungo, o Mantorras ou a gasosa, é factor de união nacional.
Salalé é nada mais nada menos que um bicharoco com asas que depois da confusão as perde, tipo formiga alada. Vem em grandes quantidades no fim do tempo da chuva, chegando a parecer que está a nevar. Todos andam de joelhos no chão para não deixar escapar o petisco, aliás vi uns na estrada para o aeroporto de Saurimo a ocupar a estrada toda de joelhos...